Na contramão do óbvio, o dentista e empresário Daniel Borges concilia o consultório pelos campos de Bodoquena (MS) para revolucionar o mercado brasileiro de carnes especiais.
À frente da marca Búfalo Beef MS, ele investe na produção de carne de búfalo premium, um nicho ainda pouco explorado no país, mas com alto potencial de crescimento.
A paixão pelos búfalos surgiu durante uma viagem à Itália, onde Daniel conheceu sistemas de abate precoce que garantem carne mais macia, nutritiva e saborosa. De volta ao Brasil, decidiu aplicar a técnica na prática: os animais são abatidos entre 18 e 24 meses — bem antes do padrão tradicional — o que resulta em uma proteína leve, suculenta e rica em nutrientes.
Búfalo Beef MS: uma marca jovem com alcance nacional
Apesar de estar no mercado há apenas dois anos, a Búfalo Beef MS já produz cerca de 2 toneladas de carne por mês e vem despertando interesse de distribuidores em São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e até no exterior, como Dubai e Estados Unidos.
Atualmente, a operação ainda é regional, mas Daniel revela planos ambiciosos de expansão nacional, com foco em atender uma demanda crescente por alimentos saudáveis, sustentáveis e funcionais.
“Estamos apenas começando. Nosso objetivo é colocar a carne de búfalo no centro da mesa do consumidor moderno, que busca sabor com consciência”, afirma o empresário.
O mito da carne dura de búfalo e a importância do abate precoce
Um dos principais entraves ao consumo da carne de búfalo no Brasil ainda é a crença de que ela seja dura e selvagem. No entanto, a experiência mostra o contrário: quando o animal é abatido ainda jovem e alimentado corretamente, o resultado é uma carne macia, com sabor suave e extremamente nutritiva.
A técnica do abate precoce, associada a um manejo cuidadoso, é a chave para quebrar esse paradigma. Além disso, a carne de búfalo possui: 55% menos calorias que a bovina, 40% menos colesterol, 11% mais proteína e o dobro de ferro.
Esses números fazem da carne de búfalo uma escolha ideal para quem busca equilíbrio entre saúde, sabor e sustentabilidade.
Por que a carne de búfalo é a proteína do futuro?
Com o avanço da consciência alimentar e a busca por fontes de proteína mais eficientes, a carne de búfalo se posiciona como uma alternativa de alto valor biológico, produzida com menor impacto ambiental e mais benefícios à saúde humana.
Além disso, o búfalo adapta-se bem a diferentes regiões do país, exige menos suplementação alimentar e possui excelente conversão de pastagem em carne. Para Daniel Borges, esse é apenas o começo de uma nova fase no agronegócio brasileiro:
“A carne de búfalo é mais do que uma tendência: ela é a resposta a um consumidor que quer comer melhor, com mais responsabilidade e menos culpa.”
O futuro está no pasto — e o Brasil está pronto
Seja no consultório ou no campo, Daniel Borges mostra que a inovação começa com propósito.
Ao investir em qualidade, informação e quebra de tabus, ele transforma a carne de búfalo em uma verdadeira proteína do futuro, capaz de atender ao paladar, à saúde e ao planeta.
