A demência frontotemporal (DFT) é uma doença neurodegenerativa que afeta os lobos frontal e temporal do cérebro, causando alterações na personalidade, no comportamento e, em alguns casos, na linguagem. Embora menos conhecida que o Alzheimer, a DFT tem um impacto significativo na vida dos pacientes e seus familiares. O distúrbio costuma surgir entre 45 e 65 anos, dificultando o diagnóstico precoce e tornando-se um desafio para médicos e especialistas.
Bruce Willis e o impacto da doença
O caso do ator Bruce Willis chamou atenção para a DFT. Em março de 2022, sua família anunciou sua aposentadoria devido à afasia, um distúrbio da linguagem. No ano seguinte, foi confirmado que sua condição havia evoluído para demência frontotemporal, esclarecendo as dificuldades de comunicação que ele enfrentava.

Seus familiares destacaram a necessidade de ampliar a conscientização sobre essa doença, muitas vezes desconhecida pelo público. O caso reforçou a importância do diagnóstico precoce e da busca por mais pesquisas sobre a condição.
Sintomas e impacto no paciente
Diferente do Alzheimer, que compromete a memória desde os estágios iniciais, a DFT se manifesta com mudanças comportamentais e dificuldades na comunicação. Os principais sintomas incluem:
- Alterações no comportamento: Perda de inibição, impulsividade, apatia e comportamento social inadequado.
- Dificuldades na linguagem: Problemas para encontrar palavras, compreensão prejudicada e, em casos graves, perda da fala.
- Falta de empatia: O paciente pode se tornar indiferente às emoções dos outros.
- Tomada de decisões prejudicada: Gastos impulsivos, dificuldades no planejamento e problemas de julgamento.
Essas mudanças afetam não apenas o paciente, mas também familiares e cuidadores, que enfrentam desafios emocionais diários.
Causas e diagnóstico
Ainda não há uma causa única para a DFT, mas fatores genéticos desempenham um papel importante. Estima-se que até 40% dos casos tenham histórico familiar da doença.
O diagnóstico pode ser complexo, pois os sintomas são frequentemente confundidos com depressão, transtorno bipolar ou abuso de substâncias. Para identificar a doença, médicos utilizam:
- Ressonância magnética e tomografia, que detectam atrofia cerebral.
- Testes neuropsicológicos, para avaliar funções cognitivas.
- Avaliação neurológica e psiquiátrica, essencial para um diagnóstico preciso.
Tratamento e qualidade de vida
Ainda não há cura para a demência frontotemporal, mas algumas abordagens ajudam a melhorar a qualidade de vida do paciente:
- Fonoaudiologia e terapia ocupacional: Auxiliam na adaptação às dificuldades diárias.
- Medicações para controle dos sintomas: Antidepressivos e estabilizadores de humor podem reduzir impulsividade e agressividade.
- Apoio psicológico: Fundamental para familiares e cuidadores que lidam com a progressão da doença.
A esperança na pesquisa
Cientistas seguem investigando novas terapias para retardar ou até interromper a progressão da DFT. Terapias genéticas e medicamentos experimentais trazem esperança para o futuro.
Enquanto isso, a conscientização sobre a demência frontotemporal é fundamental para garantir que pacientes recebam suporte adequado. O diagnóstico precoce permite melhor planejamento e cuidados, proporcionando uma vida mais digna e confortável para quem enfrenta essa condição.
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