Com o envelhecimento da população e o aumento dos casos de doenças neurodegenerativas, os fundamentos para o tratamento das demências se tornaram um dos grandes desafios da saúde pública no Brasil e no mundo. Estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivam com algum tipo de demência no planeta, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo o Alzheimer a forma mais comum.
Embora não exista cura definitiva para a maioria dos tipos de demência, a medicina atual se apoia em quatro pilares para oferecer mais qualidade de vida aos pacientes: diagnóstico precoce, tratamento medicamentoso, estimulação cognitiva e física e suporte psicossocial.
Diagnóstico precoce: o primeiro passo
Identificar os sinais iniciais da demência — como falhas de memória, mudanças de comportamento e dificuldades no raciocínio — é essencial. Quanto antes o diagnóstico é feito, maiores são as chances de retardar o avanço da doença por meio de intervenções clínicas e terapêuticas.
Abordagem multidisciplinar
O tratamento eficaz das demências exige uma equipe integrada de profissionais, incluindo neurologistas, geriatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e fonoaudiólogos. A atuação conjunta contribui para manter o paciente funcional pelo maior tempo possível.
Além dos medicamentos para controle dos sintomas, terapias complementares como musicoterapia, arte-terapia e exercícios físicos regulares são recomendadas por estimularem áreas do cérebro associadas à memória e ao bem-estar emocional.
Estímulo constante e ambiente acolhedor
Manter o cérebro ativo com jogos, leitura, conversas e atividades simples do cotidiano pode ajudar a preservar habilidades cognitivas. Da mesma forma, um ambiente familiar estruturado e afetuoso promove segurança e reduz quadros de ansiedade ou agressividade, comuns em estágios mais avançados da demência.
Apoio à família e cuidadores
Outro ponto essencial do tratamento é o acolhimento das famílias. Os cuidadores enfrentam desafios diários e, por isso, precisam de orientação, apoio psicológico e, muitas vezes, ajuda profissional. Grupos de apoio e centros especializados cumprem papel vital nesse processo.
Perspectivas futuras
A ciência continua avançando na busca por tratamentos mais eficazes. Estudos genéticos, novas drogas em fase de testes e pesquisas sobre neuroplasticidade oferecem esperança para retardar ainda mais o progresso das demências e, quem sabe, alcançar a cura no futuro.
Enquanto isso, a conscientização, o diagnóstico precoce e o cuidado humanizado seguem como os fundamentos mais sólidos para garantir dignidade e bem-estar às pessoas diagnosticadas com demência.
Espaço Vidarte
@espacovidarteoficial/