A crescente popularização das inteligências artificiais (IAs) chinesas tem despertado preocupação no setor de tecnologia. Diante disso, a Google fez um alerta e pediu o apoio do governo dos Estados Unidos para evitar que o país perca sua liderança no segmento. Em um comunicado publicado no blog oficial da empresa, a gigante da tecnologia destacou os impactos da corrida pela IA na segurança nacional e na competitividade do mercado norte-americano.
Google vê avanço da China como ameaça global
O comunicado, assinado por Kent Walker, presidente de Assuntos Globais da Google, reforça que novas IAs generativas podem intensificar ciberataques, amplificar ameaças e comprometer redes de telecomunicação e serviços essenciais, como tratamento de água e infraestrutura energética.
O motivo da preocupação pode estar relacionado ao avanço da DeepSeek, uma nova IA chinesa que, em poucos dias, abalou o mercado financeiro e derrubou ações de grandes empresas de tecnologia. Seu crescimento representa uma ameaça para gigantes como OpenAI (criadora do ChatGPT), Meta e a própria Google, que lançou recentemente o Gemini.
Nos últimos anos, os EUA já usaram argumentos de segurança nacional para barrar o avanço de empresas chinesas. O TikTok, por exemplo, enfrentou restrições, assim como marcas do setor automotivo, incluindo a BYD. Agora, a Google pede uma resposta mais imediata para conter o crescimento da inteligência artificial chinesa.
Google sugere parceria entre governo e setor privado
Para garantir a liderança dos EUA na corrida da inteligência artificial, a Google apresentou algumas estratégias. Entre as principais, a empresa sugere subsídios governamentais para impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de chips e data centers. Além disso, defende que a IA seja incorporada em processos governamentais, incluindo o setor militar e a segurança cibernética.
Outro ponto destacado foi a importância de parcerias público-privadas para reduzir riscos e evitar ameaças externas. A Google também mencionou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), chefiado por Elon Musk, como um exemplo de iniciativa promissora para modernizar o uso da IA no setor público.
O CEO da empresa, Sundar Pichai, participou da posse do presidente Donald Trump e deve atuar ao lado do governo para garantir que os EUA se mantenham na vanguarda da revolução da inteligência artificial.
“Os Estados Unidos ainda lideram a corrida pela IA, mas essa vantagem pode não durar. Ao trabalharmos juntos, podemos acelerar o crescimento, fortalecer a segurança nacional e aproveitar essa oportunidade”, concluiu Walker.