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“Inexplicável”: uma fórmula de superação que emociona, mas não surpreende

Entre fé e superação, 'Inexplicável' nos lembra que o amor da família é a maior força diante dos desafios da vida

Eriberto Leão e Letícia Spiller vivem o casal Marcus e Yanna - Foto: Divulgação

Estreando nos cinemas hoje, dia 5 de dezembro, Inexplicável, longa dirigido por Fabrício Bittar e produzido pela Clube Filmes, chega carregado de expectativas após seu destaque no Los Angeles Brazilian Film Festival (LABRFF). Baseado no livro “O Menino que Queria Jogar Futebol: Uma História de Fé e Superação”, de Phelipe Caldas, o filme promete trazer questionamentos sobre fé, amor e a luta pela vida, mas recorre a elementos já conhecidos do público, resultando em uma narrativa emocionante, porém previsível.

A história por trás do drama

O filme acompanha Yanna (Letícia Spiller) e Marcus (Eriberto Leão), um casal que enfrenta o diagnóstico de um tumor cerebral em seu filho mais velho, Gabriel (Miguel Venerabile), de apenas 8 anos. Apaixonado por futebol e capitão do time da escola, Gabriel sofre um desmaio durante uma partida, desencadeando a descoberta de sua doença.

Enquanto a família tenta lidar com as adversidades, o roteiro mergulha na luta para salvar a vida de Gabriel, equilibrando momentos de dor, fé e conflitos internos.

Amor materno em destaque

Um dos pontos altos do longa é a representação do amor incondicional de Yanna, que se desdobra entre acompanhar o filho internado, sua gravidez e o cuidado com o filho mais novo. O roteiro explora o dilema da mãe que, ao priorizar Gabriel, negligencia outros aspectos da maternidade e de sua vida pessoal.

Uma cena marcante mostra o filho mais novo sentindo-se abandonado, o que leva Yanna a refletir sobre sua dedicação desproporcional. Esse momento abre espaço para discussões importantes sobre o equilíbrio na maternidade, mesmo em meio a crises extremas.

Conflito de crenças: fé em foco

O filme trabalha com um conflito clássico: o embate entre teísmo e ateísmo dentro do núcleo familiar. Enquanto Yanna encontra força na fé, Marcus demonstra revolta e ceticismo, criando tensões que adicionam camadas emocionais à narrativa. Essa abordagem, embora clichê, dialoga com o público, trazendo à tona reflexões sobre espiritualidade e resiliência em situações de sofrimento.

Em Campo Grande

Os espectadores de Campo Grande poderão conferir Inexplicável nas três redes de cinema da cidade. Com classificação indicativa para maiores de 12 anos, o longa promete atrair famílias e entusiastas do gênero que buscam histórias de superação e mensagens inspiradoras.

Vale a pena assistir?

“Inexplicável” emociona ao abordar temas universais, mas tropeça em sua previsibilidade. Para aqueles que apreciam dramas baseados em fatos reais e narrativas focadas na fé e na família, o filme é uma escolha certeira. Contudo, quem busca algo inovador pode sentir falta de uma abordagem mais original.

No fim, o longa entrega o que promete: emoção e questionamentos sobre fé, superação e a força dos laços familiares. Afinal, algumas histórias, por mais “explicáveis” que possam parecer, continuam a tocar o coração.

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